Dr JOFRAN FREJAT

Por: General Paulo Chagas

Caros amigos,

Lamentei muito o falecimento do Dr Jofran Frejat, uma grande perda para o Distrito Federal.

Conheci-o pessoalmente, na sede do seu partido, aqui em Brasília, pouco tempo antes de decidir se empreenderia umal incursão na política.

A empatia, a segurança, o conhecimento e a experiência demonstrados por ele, somados à coincidência com os propósitos que me moviam a estudar a possibilidade de candidatar-me, fizeram com que eu saisse daquele encontro mais motivado apoiá-lo do que a concorrer pelo Governo do DF!

Na continuidade do estudo da situação, no entanto, resolvemos aguardar para conhecer a influência que exerceríam sobre ele as ratazanas que o cercavam, invariavelmente ansiosas pela proximidade aos cofres públicos.

Logo concluímos que o Dr Frejat, naquelas companhias, teria muita dificuldade para ser e fazer o que pretendia para a prosperidade do DF.

Algum tempo depois, na época em que ele já demonstrava o desconforto natural de um homem de bem cercado e vigiado por gente de má fé, fui chamado por ele enquanto saía do Aeroporto JK e, ao revelar-lhe meu lamento pelo que com ele se passava, ouvi dele o seguinte desabafo: “General, o senhor não faz ideia do descaramento desta gente. Eles não têm qualquer prurido ou vergonha para dizer-me o que querem que eu faça. Eles querem me usar para fazer o que bem entendem. Isso eu não vou aceitar!”.

Mais adiante, de público, cumprimentei-o pela atitude corajosa e desprendida que adotou ao rejeitar ser um marionete nas mãos daqueles escolados e conhecidos sanguessugas, honrando a confiança dos que faziam dele, até então, o favorito para o cargo.

O Dr Frejat foi o exemplo de político que gostaríamos de ver vitorioso em qualquer eleição. Ele era, sem ďúvida, uma opção importante para o DF, talvez a mais importante. Um homem disposto a doar-se, mesmo octogenário, para fazer o que tem que ser feito pelo nosso “quadradinho”.

Passa o homem fica o exemplo. Lamento o seu falecimento com a certeza de que Deus o tem em Seu reino de paz.

Fonte: Gen Paulo Chagas

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