Nova secretária de Educação fez alterações no plano de retorno. Antes, estudantes voltariam na próxima segunda-feira (2), mas data agora é apenas para retorno de professores
A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, fez alterações no plano de retorno às aulas presenciais na rede pública. A volta será escalonada, com critérios a serem definidos por cada instituição. Além disso, os estudantes só retornam às salas de aula em 5 de agosto, e não na próxima segunda-feira (2), como inicialmente anunciado. Nessa data, são os professores que devem retomar as atividades.
As alterações foram definidas em reunião com os diretores de escolas, no fim da tarde desta segunda-feira (26). Mais cedo, em coletiva de imprensa, o chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, já havia anunciado alterações. Questionado sobre o retorno das aulas presenciais mesmo em meio à confirmação de transmissão comunitária da variante delta do coronavírus na capital, ele confirmou a intenção.
Escolas se preparam
Dispenser de álcool em gel em escola pública do DF — Foto: TV Globo/Reprodução
A Secretaria de Educação já havia anunciado que o retorno vai ocorrer no modelo híbrido, com metade dos alunos em sala de aula e o restante com atividades remotas. A cada semana, o grupo será alternado.
No Centro de Ensino Fundamental (CEF) 33, em Ceilândia, os alunos com nomes que começam de A a F retornam na primeira semana. Já aqueles com nomes que iniciam de G a Z, na semana seguinte. A unidade tem 1.156 estudantes, do 6º ao 9º ano.
Antes da pandemia, os alunos trocavam de sala pra mudar de conteúdo, no modelo conhecido como “sala ambiente”. Agora, os estudantes vão ficar fixos em um lugar só, e quem troca de sala é o professor.
Já no Centro de Ensino Médio EIT (Cemeit), em Taguatinga, só serão realizadas atividades teóricas, sem aulas de educação física na quadra. A unidade, que oferecia ensino integral, vai funcionar apenas em meio período. A escola tem 2,2 mil alunos, que cursam ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Em ambas as escolas, há medidas sanitárias obrigatórias contra o coronavírus, como instalação de pias na entrada, totens com álcool em gel e tapetes sanitizantes. O uso de máscaras é obrigatório para toda a comunidade.
Retomada após um ano
As aulas presenciais es escolas públicas e privadas do DF foram suspensas em março de 2020, após os primeiros casos de coronavírus na capital. A partir de setembro do ano passado, as instituições privadas puderam retomar as atividades, seguindo protocolos sanitários.
No entanto, na rede pública, as aulas permaneceram de forma remota por um ano e quatro meses. A retomada foi possível após a vacinação de professores. Segundo a Secretaria de Educação, 56 mil profissionais já foram imunizados.