Relator do pedido é o ministro Luís Roberto Barroso. Entre os que estão em presídio em Brasília está o traficante Marcola.
Por Mariana Oliveira, TV Globo
Chegada de presos de facção criminosa no Presídio Federal de Brasília, em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/Reprodução
O governo do Distrito Federal entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (12), contra a presença de chefes de facção criminosa na Penitenciária Federal de Brasília, a cerca de 15 quilômetros da Praça dos Três Poderes. O objetivo é tentar obrigar transferências para outras unidades da federação.
- Entre os presos que cumprem pena na capital, está o traficante Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, que foi condenado a 330 anos por diversos crimes.
O pedido corre em sigilo e está nas mãos do ministro Luís Roberto Barroso, que analisa o pedido do governo contra a decisão da União de manter os criminosos em Brasília.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Distrito Federal já se manifestou contra a presença deles em Brasília por ver riscos às autoridades, como ministros de Estado, parlamentares, ministros de tribunais superiores, além de representações estrangeiras na capital do país.
Força Nacional faz escolta para chegada de presos na Penitenciária Federal de Brasília, em imagem de arquivo — Foto: TV Globo/ Reprodução
Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro autorizou o emprego das Forças Armadas, na Garantia da Lei e da Ordem (GLO), para reforçar a segurança na área externa do presídio, inaugurado em 2018.
O ministro da Justiça Sérgio Moro, afirmou que o objetivo era evitar fugas. “O governo tá sempre adiante dos criminosos e a ideia ali é prevenir qualquer espécie de tentativa de um eventual resgate”, disse ele.
Carros do Exército chegam à área externa da Penitenciária Federal, em Brasília — Foto: TV Globo/Reprodução
Depois do decreto, a OAB-DF afirmou em nota que a instituição defende “que presídio desta natureza não pode estar localizado em um perímetro no qual estão as cúpulas de todos os poderes do país e todas as representações internacionais”.
Fonte: G1/DF