A 32ª segunda rodada do Brasileirão escancarou o favoritismo do Internacional para a conquista do título brasileiro de 2020.

A mediocridade dos outros concorrentes mais próximos a essa conquista ficou patenteada nesta rodada em que o São Paulo confirmou seu momento péssimo, empatando a duras penas com o frágil Coritiba do Z4, o Flamengo perdeu para o mediano Ceará e o Atlético MG foi derrotado pelo Vasco, outro frequentador constante da Zona de Rebaixamento.

Além de toda essa contribuição à boa campanha do Inter, decorrente em parte da fragilidade dos concorrentes, o Colorado de Abel Braga conseguiu virar o placar e vencer o Grenal, em que tinha chegado ao empate por erro grosseiro de Renato Portaluppi, nas suas substituições, e alcançou a vitória com influência direta de erros da arbitragem.

Sobre o equívoco latente de Renato, que se repete há vários jogos no tocante a substituições, não deu para entender como ele quis acrescentar poderio ao seu ataque mandando a campo um jogador técnico e veloz como Ferreirinha e tirando outro, com as mesmas características, como Pepê.

Não bastasse isso, Portaluppi desfigurou ainda mais a composição ofensiva do Grêmio, que vinha jogando bem, na troca de Jean Pyerre por Pinares e Alisson por Luiz Fernando.

Mesmo com essas trocas sem sentido de seu técnico, o Grêmio não merecia acabar sendo derrotado no Gre-Nal, nem na lei do jogo, já que foi inferior no primeiro tempo e superior em praticamente toda a etapa complementar, como também na regra do futebol, uma vez que teve um pênalti não marcado a seu favor, quando Ferreirinha caiu na área empurrado por um jogador do Inter, e outro assinalado contra si, que na verdade não existiu, pois a bola bateu no ombro de Kannemann e escorregou no seu braço que estava colado ao corpo.

Eu não estou sozinho na interpretação desse pênalti inexistente, já que outros colegas da mídia esportiva também negaram a sua existência, como o comentarista de arbitragem da Globo, Sandro Meira Ricci, que consultado a respeito declarou que a penalidade máxima que deu ao Inter a imerecida vitória não aconteceu.

O curioso nessas duas penalidades, para não dizer estranho,  é que, tanto na não marcada a favor do Grêmio quanto na assinalada, sem vacilo do árbitro, favorável ao Inter, não houve sequer consulta ao VAR, o que acresce a esse duplo erro de arbitragem esse auxiliar virtual extra tão requisitado em lances bem menos polêmicos.

Parabéns ao Internacional, que nada tendo a ver com erros de arbitragem, fez a sua parte e levou os três pontos, quebrando um jejum de vitórias em Gre-Nal e provando que a estrela de Abel Braga, como acontecera no Mundial da FIFA, vencido diante do poderoso Barcelona, brilha intensamente no Beira-Rio, onde talvez venha a encerrar sua carreira de treinador daqui a alguns anos, porque é nessa casa que a sorte lhe sorri com singular intensidade.