Flamengo atropela o Grêmio no Maracanã e pega River Plate na Final da Libertadores

Por: Lino Tavares

Por Lino Tavares

Nos meus artigos e comentários esportivos, é de praxe primeiramente eu produzir o texto e depois escolher o título da matéria. Em relação a esse desastre do Grêmio, ocorrido nesta quarta-feira no Maracanã, a situação se inverteu. O título visto acima já tinha fluído naturalmente na minha mente antes de redigir o presente comentário.  A goleada impiedosa sofrida pelo tricolor diante do Flamengo foi realmente o maior vexame de toda a história do clube.  Nem tanto pelo placar de 5 a 0, mas principalmente pela atuação bisonha dos comandados de Renato Portaluppi, que simplesmente foram amassados pelo time de Jorge Jesus, sem poder seque esboçar a menor chance de reação.  O que se viu no decorrer dos 90 minutos de jogo foi um leão brincando com um rato. Algo chocante, que ninguém poderia imaginar que pudesse acontecer nesse jogo decisivo de uma das semifinais da Libertadores da América.  Depois de segurar o dono da casa nos primeiros minutos de jogo, não se deixando dominar por inteiro, o Grêmio começou a desandar na partida,  sendo envolvido pelo adversário em todos os setores de campo até sofrer o primeiro gol, indo para o intervalo perdendo de apenas 1 a 0, mas merecendo ter perdido por mais. Voltando para a etapa complementar precisando fazer apenas 1 gol para não ser eliminado e levar a decisão para os pênaltis, esperava-se que o Grêmio retornasse a campo modificado na sua linha ofensiva, substituindo o inoperante André por qualquer das alternativas que havia no banco gremista. Contudo, como se tivesse ocorrido um apagão na mente do técnico Renato, isso não aconteceu e para acabar de vez com as esperanças gremistas de desfazer a desvantagem, o Flamengo fez o segundo gol e logo em seguida chegou ao terceiro , valendo-se de uma penalidade que não existiu e sequer se tornou alvo de consulta ao VAR. Mas isso é apenas uma observação sobre um erro de arbitragem, que não tira o mérito do placar até então construído pelo mandante, que mandou no jogo do primeiro ao último minuto do confronto.  O pênalti convertido por Gabigol foi a confirmação do velho provérbio que diz “Deus escreve certo por linhas tortas”. O lance faltoso não existiu, mas o Grêmio fez por merecer ter levado o terceiro gol àquela altura do jogo.   A pergunta que fica é se uma derrota tão acachapante como essa que o Grêmio sofreu tem explicação. Eu diria que sim.  O que ela não tem é justificativa, porque afinal aquele que a sofreu fora considerado há bem pouco tempo atrás o melhor time brasileiro e não tinha o direito de cair tanto de produção a ponto de humilhar sua torcida da forma como humilhou. A explicação óbvia é que o Flamengo jogou muito e o Grêmio não jogou nada, o que permite dizer que o time carioca não surpreendeu; quem surpreendeu foi o esquadrão gaúcho que deixou o campo após o apito final de forma melancólica, sem que ninguém pudesse entender o que realmente aconteceu com o time de Everton Cebolinha, nessa noite macabra.   Saltava aos olhos de todos que o Grêmio vem caindo de produção faz basante tempo. Não se pode esquecer que na fase de grupos da Libertadores conseguiu se classificar praticamente por milagre, depois de haver carregado a lanterna por algum tempo.  Há que ser lembrado, também, o fracasso diante do Atlético Paranaense, na Arena da Baixada, quando o Grêmio foi eliminado da Copa do Brasil no jogo de volta da semifinal, depois de ter vencido a partida de ida em casa por 2 a 0. Se querem um atestado mais recente dessa fase ruim do Grêmio, basta atentar para o fato de ter perdido para o Bahia, na Arena, sendo o último jogo em que atuou com os titulares antes de ir para essa decisão diante do Flamengo no Maracanã.  Diante dessa notória perda de qualidade do tricolor do Pampa em relação àquele time guerreiro e vencedor que ganhou a Copa do Brasil em 2016 e a Libertadores em 2017, vale algumas observações pontuais que explicam de certa forma essa brutal queda de produção. Começo dizendo que Marcelo Grohe e Arthur, negociados pelo clube, nunca tiveram substitutos de nível equivalente na pessoa de Paulo Victor e Matheus Henrique, o que se agravou ultimamente com a ausência de Leonardo Silva, lesionado, jamais suprida à altura com os laterais disponíveis no elenco gremista. Precisa ser observado ainda que a famosa dupla de Área Kannemann e Geromel, que cheguei a classificar  como a melhor do mundo, não está repetindo nesta temporada nem metade daquele futebol que revelou nos anos vitoriosos do Grêmio. E Renato Portaluppi – alguém deve estar perguntando – contribuiu de alguma forma para que sua equipe se tornasse tão caricata a ponto de levar uma goleada como essa pela Libertadores no Maracanã ? Com certeza que sim. Ele que é reconhecidamente um técnico de altos e baixos nas suas decisões e neste ano de 2019 tem revelado mais baixos do que altos, escalando jogadores de forma equivocada e deixando a desejar nas suas teorias táticas, permitindo que seu time tenha sido dominado e derrotado por equipes tecnicamente inferiores. Para encerrar, ficam os merecidos cumprimento ao Clube de Regatas Flamengo Show, que a meu ver já está com uma mão na taça do Brasileirão e a outra no mais cobiçado troféu das Américas, Não tem para mais ninguém. Palmeiras e River Plate que “tirem o cavalinho da chuva”, porque esse Flamengo de hoje é galático e pratica um futebol muito superior à média do que vem sendo praticado pelos demais times da América do Sul.  Arrisco dizer, sem exagero, que o rubro-negro carioca comandado pelo português Jorge Jesus é no momento um dos melhores times do Planeta, estando ao nível de Barcelona, Real Madrid ou de qualquer outro time europeu.  Por isso, é seríssimo candidato à conquista não só do Brasileirão e da Libertadores como também do Mundial da Fifa de 2019, pois é possuidor de qualificação técnica abundante para alcançar tais conquistas.  

Fale com nosso colunista Lino Tavares: [email protected] – whatsApp (55)981032575 

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