Por Lino Tavares
A turma do G-6 passou sufoco na 31ª do Brasileirão, realizada neste meio de semana, conseguindo vitórias por escores ajustados, exceto o time do São Paulo, que foi ainda pior perdendo para o Fluminense e caindo para a quinta colocação na tabela. Três dessas equipes que endureceram o jogo para cima dos melhores classificados do Brasileirão começaram a rodada mergulhadas na zona de rebaixamento, como o Avaí, que perdeu de 2 a 1 para o Santos, o CSA, que foi derrotado pelo Grêmio pelo mesmo placar, e o Fluminense, que venceu o São Paulo por 2 a 0, em pleno Morumbi, e deixou o Z-4. Os outros três times que venderam caro a derrota para os ocupantes da zona de classificação à Libertadores são os chamados ocupantes do “Limbo”, aquela faixa da tabela que praticamente não garante acesso ao G-6 nem acena com a ameaça de ingresso no Z-4. São eles o Vasco, derrotado pelo Palmeiras por 2 a 1, o Botafogo que perdeu para o Flamengo pelo escore mínimo, e o Fortaleza que caiu diante do Corinthians pelo placar também apertado de 3 a 2. Vitórias com alguma folga no placar só lograram alcançar as equipes do bloco intermediário para baixo, como o Atlético Mineiro que venceu o Goiás, o Ceará que bateu o Internacional, e o Fluminense que derrotou o São Paulo, triunfos esses conquistados pelo escore de 2 a 0. Embora no sufoco, só conseguindo alcançar a vitória diante do Botafogo aos 43 minutos do segundo tempo, no gol de Lincoln, o líder Flamengo manteve os 8 pontos de vantagem sobre o vice-líder Palmeiras, o que representa um passo a mais rumo à conquista do título do Brasileirão, que agora está a sete rodadas do final. Antes de golear o Corinthians por 4 a 1, na rodada do último fim de semana, o time de Jorge Jesus havia obtido vitórias apertadas, inclusive diante do CSA, que ainda luta para sair do Z-4 e espantar de vez o espectro do rebaixamento. Em razão desses escores não compatíveis com a superioridade flamenguista em relação a adversários bem menos qualificados, cheguei a levantar a hipótese de estar havendo uma queda de produção no rubro-negro carioca, que vinha sendo avassalador nos confrontos do certame nacional e da Libertadores da América. Dessa vez, porém, não repetirei a tese da eventual queda de qualidade do futebol flamenguista, tomando como base a vitória magra que obteve diante do Botafogo, empurrando o alvinegro carioca para a Zona de rebaixamento. Primeiro, porque esse triunfo apertado foi conquistado num tradicional clássico do futebol carioca, e os clássicos, como sabemos, são jogos diferenciados que não se balizam muito pelo momento futebolístico vivido por ambos os contendores. Segundo pela singela razão de que, estando a 16 dias da grande decisão da Libertadores, é evidente que o Flamengo não pode entregar-se por inteiro nos jogos do Brasileirão, sob pena de sofrer desgastes e eventuais desfalques por lesão, com reflexo negativo no confronto que apontará, em Lima, no Peru, o campeão da América de 2019.
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Foto: UOL