GRÊMIO NÃO JOGA E NÃO DEIXA O SÃO PAULO JOGAR. SEGURA 0 A 0 E CHEGA À FINAL DA COPA DO BRASIL

Por: Lino Tavares

Palmeiras elimina América MG e topa com antigo rival copeiro na decisão da Copa do Brasil

Nem sempre os caminhos que levam à vitória são floridos, iluminados e cercados de paisagens deslumbrantes.  O que levou o Grêmio à Final da Copa do Brasil, empatando com o São Paulo nesta quarta-feira no Morumbi, ao contrário disso foi um caminho tosco e totalmente desprovido de brilho. É claro que com o Grêmio jogando pelo empate para se classificar, cabia ao técnico Renato Portaluppi armar um time muito mais defensivo do que ofensivo. Mas o treinador gremista exagerou na dose e fez desse jogo decisivo quase um filme de terror para o torcedor gremista, que no segundo tempo olhava mais para o relógio do que para a tela da TV que transmitia o jogo.  Eu disse quase, porque o São Paulo, o dono da bola nesse confronto, não soube tirar partido do encolhimento exagerado do adversário de modo a aterrorizar a retaguarda gremista, criando situações nítidas de gol.  Por incrível que pareça,  o time de Fernando Diniz chegou ao final da partida com 66% de posse de bola e com todo esse volume de jogo não conseguiu obrigar o goleiro Vanderlei a nenhuma defesa difícil. Aliás, apesar de toda a falta de apetite ofensivo, coube ao Grêmio protagonizar o lance mais vivo de gol da partida, naquela jogada aos 10 minutos do primeiro tempo em que Victor Ferraz, cara a cara com o goleiro,  arrematou no poste, desperdiçando uma das raras oportunidades de gol do confronto.  Definindo com uma frase o que aconteceu nesse nesse duelo sem abertura no placar, ótimo para o Grêmio e péssimo para o São Paulo, eu diria que o Grêmio não jogou e não deixou o São Paulo jogar. Graças a este anti-jogo arriscado, ficou no lucro por conta daquela vitória de 1 a 0 conquistada no jogo de ida desse mata-mata, com um gol de raro oportunismo do centroavante Diego Souza. No outro jogo de volta da Semifinal da Copa do Brasil, o Palmeiras despachou o América Mineiro, em BH, com uma vitória de 2 a 0, depois de ter empatado com o Coelho em 1 a 1, no jogo de ida no Alianz Parque.  Com esses resultados, a decisão da Copa do Brasil reúne, no início do novo ano, Grêmio e Palmeiras,  dois velhos protagonistas de embates copeiros, tornando-se temerário arriscar um prognóstico de favoritismo para qualquer dos lados.    Cumpre observar, contudo,  que o grêmio precisa melhorar muito sua produção ofensiva, fazendo Pepê, Jean Pyerre e Vitor Matheus reencontrar aquele padrão do jogos que os transformou em estrelas do time, se quiser repetir a jornada vitoriosa de 2016, levando mais uma vez o caneco dessa competição de cuja história foi o primeiro vencedor. 

Por Lino Tavares

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