Com a gradativa superação da pandemia, dados econômicos surpreendentes começam a ser registrados no Brasil.
A arrecadação federal obteve o melhor resultado para o mês de setembro em 27 anos.
E os empregos formais, em 2021, têm 2.512.937 de contratações com carteira assinada, no acumulado dos nove primeiros meses do ano.
Segundo a Receita Federal, a arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais no Brasil atingiu R$ 149,102 bilhões em setembro.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando a arrecadação foi de R$ 132,103 bilhões (valor já corrigido pela inflação), houve aumento real de 12,87%.
A melhora da arrecadação ainda não refletiu, em setembro, o aumento do IOF. Isto é: o resultado pode ser ainda melhor.
Na questão dos empregos, o Brasil criou 313.902 postos de trabalho com carteira assinada em setembro, segundo o Caged (Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho.
O nono resultado positivo consecutivo do indicador de empregos é fruto de 1.810.434 contratações e de 1.438.169 demissões no período.
Em setembro, os cinco grandes segmentos econômicos tiveram resultados positivos nas contratações.
O setor de Serviços contratou 143.418 pessoas com carteira assinada; a Indústria geral, 76.169; o Comércio abriu 60.809 vagas; Construção, 24..513; e setor Rural fechou o mês com 9.084 novos postos.
FAKE NEWS – Três anos depois da eleição de 2018, a chapa Bolsonaro-Mourão está se livrando do risco de cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A acusação, a partir de publicações do jornal Folha de S. Paulo, indicava que a chapa teria sido beneficiada por fakenews e disparo eletrônico de postagens.
A denúncia no TSE foi feita pelos partidos PT, PCdoB e PROS.
A Procuradoria Geral Eleitoral já havia proposto o arquivamento do processo, proposta referendada ontem pelo ministro relator do TSE, Luís Felipe Salomão, que também não vê motivos para condenação.
O arquivamento do processo é apoiado pelos ministros Mauro Campbell e Sérgio Banhos.
Dos sete ministros do TSE, três já livram a chapa Bolsonaro-Mourão de cassação.
Faltam quatro votos, mas a tendência é mesmo pelo fim dessa ameaça aos ocupantes do Palácio do Planalto, pela dificuldade de comprovar as acusações, que desgastaram inutilmente Bolsonaro durante os três anos de mandato.
CPI – Com sete votos a favor e quatro contra, a CPI da Pandemia do Senado aprovou ontem o relatório com mais de mil páginas do relator Renan Calheiros.
Como esperado, ele pede o indiciamento de 78 pessoas e duas empresas, denúncias a serem avaliadas pela Procuradoria Geral da República e pelo Poder Judiciário.
O relatório busca responsabilizar o Presidente Bolsonaro por nove crimes que teriam sido praticados no combate à pandemia.
Há pedidos de indiciamento de ministros, ex-ministros, três filhos do Presidente, deputados federais, médicos, empresários e um governador – o do Amazonas, Wilson Lima.
Duas empresas que firmaram contrato com o Ministério da Saúde – a Precisa Medicamentos e a VTCLog – também são indicadas.
O nome do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) chegou a ser incluído na lista, mas foi retirado. Seria a primeira vez que uma CPI pediria o indiciamento de um membro da própria Comissão, o que gerou fortes reações dentro do Congresso Nacional.
CAMINHONEIROS – Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, não acredita em greve de caminhoneiros de grandes proporções em 1° de novembro. Seria “meia dúzia de lideranças” anunciando a paralisação.
Ele salientou que não há apoio das empresas de transporte, representantes da maior parte do setor.
PRESO – Caminhoneiro Zé Trovão, um dos líderes do movimento de 7 de Setembro, se entregou à Polícia Federal, cumprindo ordem de prisão determinada pelo Ministro Alexandre de Moraes (STF). Ele se apresentou em Santa Catarina, mas se imaginava que estava no exterior.
IMPROBIDADE – Presidente sancionou a nova Lei de Improbidade Administrativa, que trata de punições a agentes públicos envolvidos em irregularidades, como enriquecimento ilícito e dano ao Erário.
A improbidade só será aplicada quando houver conduta dolosa, ou seja, vontade livre e consciente do gestor na prática da ilegalidade.
JUROS – Há expectativa sobre a taxa básica de juros, a Selic, que está em 6,25% ao ano, mas pode ser mais uma vez elevada hoje, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Previsões indicam aumento dos juros hoje em até 2 pontos percentuais.
INFLAÇÃO – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, acelerou alta para 1,20% em outubro, após ter registrado taxa de 1,14% em setembro, segundo o IBGE.
A alta foi puxada pelo custo da energia elétrica (3,91%), que representou 0,19 ponto percentual da inflação do mês, e dos combustíveis (2,03%).
Em dez meses deste ano, o IPCA-15 acumula alta de 8,30% e, em 12 meses, chegou a 10,34%.
PRECATÓRIOS – Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, marcou para hoje a votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que adia parte do pagamento de precatórios em 2022.
Essa PEC é fundamental para assegurar recursos ao Governo no pagamento, no próximo ano, do Auxílio Brasil de R$ 400 ao mês.
O texto foi aprovado em comissão especial da Câmara, mas tem pontos de conflito a serem negociados antes da votação de hoje.
VISTOS – A partir de 8 de novembro, Consulado dos Estados Unidos começa a fazer atendimentos de brasileiros que pretendem obter vistos de viagem.
Os interessados terão de comprovar, na hora do embarque, a vacinação com segunda dose.
BRASIL – São 112.307.569 brasileiros que tomaram as duas doses da vacina contra Covid-19, o que representa 52,65% da população.
Os que tomaram a primeira dose são 153.733.428 (72,07%).
A dose de reforço foi aplicada em 7.110.518 pessoas (3,33%).
Foram registrados ontem 442 mortes pela Covid-19 no Brasil, elevando o total a 606.246.
AGENDA – Presidente Bolsonaro está hoje em Manaus, onde participa de eventos evangélicos.
Pela manhã, Primeira Consagração Pública de Pastores do Estado do Amazonas.
E à noite, Assembleia Convencional 2021 da Assembleia de Deus.
ECONOMIA – Dólar fechou ontem a R$ 5,573, com alta de R$ 0,018 (+0,32%).
Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, caiu para 106.420 pontos, com recuo de 2,11%.
RENATO RIELLA
