A Petrobras reajustou os preços dos combustíveis mais uma vez. Este foi o assunto de destaque ontem em todo o Brasil, inclusive no Governo Federal.
Foi aumentado em R$ 0,21 por litro o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras. A correção de 7,04% no valor do combustível já está valendo.
O diesel sobe R$ 0,28 por litro, o que representa um aumento de 9,15%.
Segundo o IBGE, a gasolina já aumentou 39,6% em 12 meses. O etanol, 64,77%.
Parte dessa alta de preços está relacionada a fatores externos, como a alta do dólar e o preço do barril de petróleo no mercado internacional.
No entanto, o preço dos combustíveis na refinaria influencia o valor final na bomba do posto. Impostos federais e estaduais são cobrados de forma proporcional: quanto maior valor de origem, mais altos serão os valores pagos em tributos.
Por isso se explica a polêmica surgida nas últimas semanas sobre o impacto do ICMS, imposto estadual, no preço final dos combustíveis.
PETROBRAS – Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou ontem a falar da privatização da Petrobras, que na verdade parece ser uma proposta para um próximo governo, a partir de 2023.
Disse que os recursos da possível venda da Petrobras podem ser usados para ampliar os investimentos públicos e em tecnologia, e bancar gastos sociais.
Para o ministro, a alta de mais de 6% nas ações da Petrobras ontem é resultado da entrevista em que o Presidente Bolsonaro disse estudar um projeto de lei que permitiria a venda de ações da estatal nas mãos da União, até esta deixar de ser a controladora majoritária da empresa.
CAMINHÕES – Noticiário sobre a possível greve dos caminhoneiros em 1º de novembro está confuso.
Porta-vozes de caminhoneiros afirmam que a ameaça está de pé. Além do preço do diesel, outra reivindicação é a “defesa da constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete” e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao INSS.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) afirmou que não tem informações a respeito da paralisação.
A greve não é apoiada pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam).
VERDE – Governo Federal lançou o Programa Nacional de Crescimento Verde, coordenado pelos ministérios do Meio Ambiente e da Economia.
A iniciativa tem como objetivo aliar a redução das emissões de carbono, conservação de florestas e uso racional de recursos naturais, com geração de emprego verde e crescimento econômico.
O anúncio ocorre a uma semana do início da 26ª Conferência sobre as Alterações Climáticas (COP26), que será entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia.
O Governo criou o Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima e Crescimento Verde, composto por 11 órgãos federais, e que vai deliberar sobre a aplicação de recursos oriundos de bancos públicos em projetos de conservação ambiental.
INFLAÇÃO – Especialistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central, no Boletim Focus, ampliaram ontem para 8,96% a previsão para a inflação ao final deste ano.
A expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021 caiu de 5% para 4,97%.
A previsão para a cotação do dólar subiu para R$ 5,45.
CPI – Hoje haverá a apresentação e possível votação do relatório final da CPI da Pandemia do Senado, pelo relator Renan Calheiros.
TSE – Começa hoje no Tribunal Superior Eleitoral o julgamento da chapa Bolsonaro-Mourão pelo chamado caso das fake news.
Hoje provavelmente só haverá a apresentação do voto do relator. Os demais seis ministros devem votar em sessões subseqüentes.
BRASIL – Os brasileiros que completaram a vacinação com a segunda dose ou dose única de vacinas são 111.043.658 de pessoas, número que representa 52,06% da população.
Os que tomaram a primeira dose são 153.329.883 (71,88%).
A dose de reforço foi aplicada em 6.633.383 pessoas (3,11%).
Foram 160 óbitos pela Covid-19 registrados ontem no Brasil, elevando o total a 605.804.
Destaque ontem para o estado de São Paulo, que anunciou haver vacinado 100% da população com a primeira dose.
No Rio, as escolas do estado retomam hoje as aulas 100% presenciais.
RÚSSIA – Em questão de Covid-19 no mundo, o destaque ontem veio da Rússia.
Com apenas um terço da população imunizada, o país enfrenta seu pior momento desde o início da pandemia, com medidas rigorosas para conter a pandemia.
Nas últimas 24 horas, foram registradas 1.069 mortes em decorrência do coronavírus, número subestimado, devido ao baixo número de testes feitos entre os russos.
A Rússia teve entre 200 mil e 400 mil mortes pela Covid-19 até o momento. O número muda conforme a fonte.
ORÇAMENTO – Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso começou a receber emendas ao projeto de lei orçamentária para o ano que vem (PLN 19/2021).
Deputados, senadores, bancadas estaduais e comissões poderão sugerir mudanças para despesa e receita, até 16 de novembro. Cada parlamentar terá R$ 17,6 milhões para elaborar emendas.
O projeto de lei orçamentária para 2022, encaminhado pelo Poder Executivo, reserva R$ 10,5 bilhões para emendas individuais e R$ 5,7 bilhões para as emendas de bancada estadual, totalizando R$ 16,2 bilhões em emendas com execução obrigatória.
Metade das emendas individuais, ou R$ 5,24 bilhões, deve ser gasta em ações e serviços públicos de saúde.
PRESENCIAL – Câmara dos Deputados retomou as atividades presenciais, exigindo comprovante de vacinação contra Covid-19.
Os trabalhos presenciais na Câmara haviam sido suspensos em março de 2020.
AGENDA – Presidente Bolsonaro está hoje em Boa Vista (Roraima), onde visita a sede da Operação Acolhida, que socorre população migrante da Venezuela.
À noite, ainda em Boa Vista, participa de culto em comemoração aos 106 anos da Assembleia de Deus.
ECONOMIA – Dólar fechou ontem a R$ 5,556, com recuo de R$ 0,072 (-1,27%).
Índice Ibovespa, da Bolsa de Valores, atingiu ontem 108.715, com crescimento de 2,28%.
RENATO RIELLA
